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Comissão de Direitos Humanos inicia ciclo debates sobre violações de direitos humanos em áreas de guerra

Comissão de Direitos Humanos inicia ciclo debates sobre violações de direitos humanos em áreas de guerra

A primeira audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) sobre o tema reuniu representantes de Israel, da Ucrânia, do Instituto Baluarte, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a ativista ucraniana e prêmio Nobel da Paz em 2022, Olexandra Matviitchuk. Os convidados fizeram relatos sobre a violência contra ucranianos, israelenses e cidadãos do Congo.

CICLO DE DEBATES SOBRE VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS E CRIMES EM ÁREAS DE GUERRA COMEÇA COM RELATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA UCRANIANOS, ISRAELENSES E CONGOLESES. AUDIÊNCIAS PÚBLICAS SOBRE O TEMA ACONTECERÃO NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. MAIS DETALHES COM A REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO.

Atendendo requerimento da presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, o colegiado realizou a primeira audiência pública do ciclo de debates sobre violações de direitos humanos e crimes contra a dignidade humana. Representantes de instituições ligadas a Israel, Ucrânia e do Instituto Baluarte, que tem ativistas no Congo, denunciaram episódios de violência decorrentes dos conflitos em andamento nesses países.

O embaixador de Israel, Daniel Zohar, ressaltou as violações ocorridas desde o dia 7 de outubro de 2023 contra israelenses. Daniel Zohar – Neste dia mais de três mil terroristas do Hamas atacaram os cidadãos e os soldados perto da Faixa de Gaza. A ideia deles era matar, estuprar, humilhar. Os terroristas filmaram o que eles fizeram.

Mataram mulheres, crianças, animais. Testemunhas da ONU, uma comissão foi lá para verificar violência sexual durante o conflito. 250 pessoas foram sequestradas e 59 pessoas ainda estão lá. Conselheiro da Embaixada da Ucrânia, Andrii Borodenkov enfatizou a viagem da senadora Damares Alves ao seu país, além de relatar a realidade ucraniana atual.

Andrii Borodenkov – Em novembro do ano passado, a senhora senadora teve a coragem de ser uma das primeiras a aceitar viajar à Ucrânia como parte da primeira delegação histórica do Congresso Nacional desde o início da guerra.

Há mais de três anos a Ucrânia tornou-se o epicentro de crimes que não podem ficar impunes: mortes e sequestros de civis ucranianos, outras pessoas estão mantidas em prisões russas, torturas e execuções, deportação forçada de crianças ucranianas para a Rússia, estupros sistemáticos: mulheres, homens e até crianças foram vítimas dos russos.

Fundador do Instituto Baluarte, sediado em Campina Grande, na Paraíba, Marcos Freire falou por videoconferência de Brazzaville, capital do Congo, sobre o trabalho que vem sendo feito no país. Marcos Freire – Segundo a Unicef, aqui na República Democrática do Congo mais de 26 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária urgente.

Mais da metade são crianças. Nós havíamos resgatado há um ano e meio 120 crianças em meio à guerra. Crianças que foram forçadas a assistir a morte dos próprios pais. Os grupos rebeldes invadem as suas casas e recrutam essas crianças para serem os seus soldados. Neste exato momento nós temos dois brasileiros fazendo uma travessia de 28 crianças.

Nós enfrentamos a barreira encontrando o grupo rebelde M23, que tem feito esse genocídio. Além da consultora do Senado e presidente da Comissão de Relações Internacionais da OAB/DF, Clarita Maia, que participou da audiência pública, também foram ouvidas por videoconferência a ativista ucraniana e prêmio Nobel da Paz em 2022, Olexandra Matviitchuk, direto da Ucrânia, e a advogada e diretora da Confederação Israelita do Brasil, Andrea Vainer.

Da Rádio Senado, Janaína Araújo.

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