Pesquisa Nacional Sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro
A Aliança Nacional LGBTI+, em parceria com o Instituto Unibanco e com o apoio técnico da Plano CDE, realizou, ao longo de 2024, a Pesquisa Nacional sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro, com o objetivo de compreender as experiências de estudantes – em especial adolescentes e jovens LGBTI+ – nas instituições de ensino. Acesse o relatório da pesquisa na íntegra.
O lançamento oficial da Pesquisa ocorre nesta quarta-feira (16), das 9h às 12h30, no Auditório do Conselho Nacional de Educação (SGAS, Avenida L2 Sul, Quadra 607, Lote 50 – Sededo CNE, Asa Sul – Brasília).
7 em cada 10 estudantes se sentem inseguros na escola por sua aparência, revela levantamento com 1.170 adolescentes e jovens
Pesquisa da Aliança Nacional LGBTI+, conduzida pelo Plano CDE e com apoio do Instituto Unibanco, também mostra que 34% dos estudantes que responderam ao questionário afirmaram terem sido fisicamente agredidos na escola no último ano.
Um levantamento realizado com 1.170 estudantes LGBTI+, de 16 anos ou mais, que tenham frequentado alguma instituição de ensino no Brasil em 2024, revelou que a escola não é considerada um ambiente seguro para 86% dos consultados em razão de alguma característica de sua aparência.
A “Pesquisa Nacional sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro (2024)” foi conduzida pela equipe técnica da Plano CDE, a pedido da Aliança Nacional LGBTI+, com apoio do Instituto Unibanco, e buscou investigar como estudantes no ensino regular e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com especial atenção para as experiências de jovens LGBTI+, percebem a segurança nas escolas, os tipos de bullying e agressões que enfrentaram ou presenciaram ao longo do ano de 2024.
O bullying, a discriminação e a violência são problemas sérios que demandam atenção urgente. A insegurança impacta diretamente o desempenho acadêmico dos estudantes, tornando fundamental o cumprimento das leis existentes sobre bullying, bem como das diretrizes estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Conselho Nacional de Educação. É crucial que toda a comunidade escolar – direção, equipe pedagógica, professores, estudantes e a comunidade em geral – atue de forma articulada e consistente para enfrentar esses desafios. Somente por meio de um esforço coletivo será possível construir um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todas as pessoas, comenta Toni Reis, Diretor-Presidente da Aliança Nacional LGBTI+.
“O levantamento está alinhado aos esforços de prevenção ao bullying e às discriminações de caráter machista e homotransfóbico, visando contribuir para a formulação de políticas públicas educacionais comprometidas com uma convivência escolar democrática e promotora dos direitos humanos”, afirma Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco.
O levantamento revelou, por exemplo, que a escola é um ambiente pouco ou nada seguro para estudantes que sejam trans (67%), meninos que não se encaixam nos padrões de masculinidade (59%), estudantes que sejam gays, lésbicas, bissexuais ou assexuais (49%), meninas que não se encaixam nos padrões de feminilidade (40%) e pessoas que tenham o corpo “fora do padrão” (40%).
Metodologia
A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de um questionário online entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025. Ao todo, foram realizadas 1.349 entrevistas com estudantes. A participação na pesquisa foi voluntária e anônima, assegurando que nenhuma informação pessoal fosse coletada ou vinculada às respostas fornecidas. Com intuito de focalizar exclusivamente na experiência da população LGBTI+, para efeitos deste levantamento, foram mobilizados exclusivamente os dados da população LGBTI+, totalizando assim 1.170 respondentes, o que inclui diferentes identidades de gênero e orientações sexuais.
Para mais informações:
Toni Reis – tonireisctba@gmail.com whatsapp 41 996028906
Gabriel Santinelli – gabriel.santinelli@grupodignidade.org.br
Publicar comentário